
Brasil avança em políticas de descarbonização industrial: desafios e oportunidades
O Brasil tem acelerado sua agenda de descarbonização, especialmente no setor industrial, que representa uma fatia significativa das emissões nacionais de gases de efeito estufa. Desde a adesão a acordos internacionais, como o Acordo de Paris, empresas brasileiras vêm sendo pressionadas a repensar seus modelos de produção e buscar tecnologias de baixo carbono. A introdução de metas mais ambiciosas para 2030, como a redução de 50% das emissões, impulsionou movimentos importantes em setores como siderurgia, papel e celulose, e energia.
Apesar dos avanços, ainda existem muitos desafios estruturais. Falta de incentivos fiscais, instabilidade regulatória e altos custos de tecnologias limpas são barreiras apontadas por especialistas. Além disso, muitas empresas de médio porte ainda enfrentam dificuldades técnicas para mensurar corretamente suas emissões e planejar uma jornada de descarbonização eficaz. Programas como o RenovaBio e linhas de financiamento verdes têm ajudado, mas é consenso que políticas públicas mais claras e integradas serão essenciais.
Por outro lado, surgem também oportunidades. A demanda por produtos com menor pegada de carbono cresce, especialmente entre compradores internacionais. Isso abre espaço para diferenciação competitiva e atração de investimentos. Além disso, o avanço de metodologias como o GHG Protocol e as diretrizes da TCFD vêm ajudando as empresas a entender melhor seus riscos climáticos e a alinhar sua estratégia de negócios com uma economia mais sustentável.